Observar o planeta Mercúrio é uma bastante tarefa difícil. O astro orbita tão perto do Sol que mesmo sendo bastante brilhante fica quase impossível enxerga-lo. Agora, entretanto, a natureza está ao lado dos observadores e o pequeno planeta finalmente está mostrando sua cara!
O motivo disso é que Mercúrio está próximo da sua máxima elongação, um momento astronômico que faz com que um astro, quando visto da Terra, pareça estar mais afastado visualmente do Sol, o que favorece sua observação por sofrer menos com o ofuscamento solar.
Isso acontecerá com Mercúrio no domingo, 31 de março, quando o planeta atingirá sua máxima elongação ocidental e poderá ser visto por um bom tempo antes do nascer do Sol. Se estivesse na máxima elongação oriental, as observações estariam favorecidas após o pôr-do-Sol, no quadrante oeste.
A elongação ocorre devido aos movimentos combinados das translações da Terra e do planeta ao redor do Sol, que fazem com que, aparentemente, o objeto observado fique visualmente mais afastado ou mais próximo do Sol. No caso de Mercúrio, essa separação angular varia entre 18 e 28 graus. Para Vênus, que está mais distante do astro-rei, a separação fica entre 45 e 47 graus, lembrando que cada grau na abóbada celeste equivale ao espaço ocupado por duas luas cheias ou por três punhos fechados estendidos na direção do céu.
Mercúrio
Mercúrio é o menor planeta do Sistema Solar e também o mais interno a orbitar o Sol. É também um mundo pouco conhecido, pois as explorações a partir de telescópios terrestres não revelam muitas coisas sobre a sua composição. Atualmente, os maiores avanços estão sendo produzidos pelas sondas interplanetárias, especialmente a sonda Messenger, que explora o astro desde 2008.
Encontrando Mercúrio
Nem sempre a elongação de Mercúrio é de 28 graus como agora, por isso essa é uma excelente oportunidade para vê-lo com facilidade.
Achar Mercúrio no céu também é fácil. É só olhar para o quadrante leste uma hora antes do nascer do Sol. Mercúrio será facilmente reconhecido pelo forte brilho, que o fará brilhar bastante mesmo após o Sol nascer. O espetáculo não está restrito apenas ao domingo, dia 31, mas à medida que os dias passam o planeta voltará a "colar" no Sol. Aí, só na próxima elongação.
Estão preparados? Câmeras a postos e bons céus!
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Show de Mercúrio: Acorde cedo e vejo Mercúrio na elongação Máxima
Impacto: ESA planeja primeiro teste para desvio de asteroides
Existem muitas teorias a respeito de como destruir ou desviar um asteroide em rota de colisão com a Terra, mas nenhuma das técnicas imaginadas foi testada na prática. Agora, dois centros de pesquisa se uniram para fazer o primeiro teste real de desvio e escolheram o asteroide Didymos como alvo.
Batizado de AIDA (Asteroid Impact and Deflection Assessment), a missão é um projeto conjunto entre a Agência Espacial Europeia, ESA e o Laboratório de Física Aplicada (APL) da Universidade Johns Hopkins, dos EUA e vem sendo planejada há mais de dois anos.
O objetivo será o de interceptar o asteroide Didymos quando ele atingir o ponto de menor aproximação com a Terra no ano de 2022, a uma distância de 11 milhões de km.
Didymos é um objeto binário formado por duas rochas que orbitam o mesmo centro de massa. A maior tem cerca de 800 metros de diâmetro e a menor, 150 metros.
AIDA é um esforço internacional de baixo custo que irá enviar duas pequenas naves em direção ao duplo alvo. Uma delas se chocará contra uma das rochas a 22 mil km/h enquanto a outra registrará os dados.
Primeiro Passo
Os cientistas esperam que o impacto possa mudar as características orbitais dos dois objetos, condição fundamental para que alguma tecnologia de desvio possa ser desenvolvida. O objetivo da missão AIDA não é mostrar como o desvio será feito, mas é o primeiro passo para isso.
O impactador DART (Double Asteroid Redirection Test) já está sendo projetado pelo APL enquanto o monitor do evento AIM (Asteroid Impact Monitor) ainda será construído pela ESA.
O asteroide Didymos não representa qualquer risco para a Terra e foi escolhido por ser observável por telescópios entre 1 e 2 metros de diâmetro durante a aproximação e após o impacto com DART. Isso permitirá que os cientistas em terra também possam avaliar a dinâmica do choque e a possível cratera que será formada, melhorando os modelos que serão desenvolvidos.
A energia liberada durante o impacto a 22 mil km/h é similar àquela de uma grande peça de lixo espacial ao atingir um satélite e da mesma forma, também deverá modificar a órbita de Didymos e sua lua.
Se der certo, este será o primeiro teste para um futuro sistema de defesa contra asteroides, já que até agora nenhuma das teorias foi colocada em prática.
Jipe-Robô Curiosity registra impressionante paisagem marciana
À primeira vista a paisagem lembra uma enorme duna daquelas existentes nos desertos da Terra, mas que na verdade é uma gigantesca montanha que se eleva a 5 mil metros de altura acima da cratera Gale onde o jipe Curiosity está trabalhando desde que pousou em Marte em agosto de 2012.
Diferente do que se possa pensar, esta impressionante visão panorâmica não foi feita com um simples clique como nas máquinas fotográficas convencionais. Ela foi obtida a partir de dezenas de fotos capturadas pela lente de 100 milímetros instalada no topo do mastro do jipe-robô Curiosity.
As cores da cena também não são aquelas que veríamos se estivéssemos em Marte. Elas foram balanceadas para tornar o céu mais azul e mostrar as cores do terreno parecidas com a paisagem terrestre. Isso é feito para que os pesquisadores possam reconhecer visualmente os materiais rochosos baseado na experiência de observações feitas aqui na Terra. Sem o balanceamento de branco, como é chamado o processamento, o céu marciano pareceria tingido de caramelo.
A cena foi registrada no 45º Sol (dia marciano) da missão Curiosity, em 20 de setembro de 2012.
As planícies mais baixas do Monte Sharp é o principal alvo do jipe-robô, mas deverá passar um bom tempo na região conhecida como Baía Yellowknife, onde foram encontradas evidências bastante favoráveis à existência de vida microbiana no passado marciano.
Mast Camera (MastCam)
A Mast Camera (MastCam) é montada sobre o mastro do robô e tem capacidade de fotografar em 3D em 8 comprimentos de onda diferentes dentro do espectro visível. Sua resolução é de 1600×1200 pixels e também pode fazer vídeos em alta-definição. Uma das câmeras, a Medium Angle Camera (MAC) tem distância focal de 34 mm, com ângulo e abertura de 15 graus, com capacidade de resolver 22 cm/pixel a 1 km de distância.
A outra câmera é a Narrow Angle Camera (NAC), com distância focal de 100 mm e campo de visão de 5.1 graus. Sua capacidade de resolução é de 7.4 cm/pixel a 1 km.
Ao vivo: Tudo pronto para acoplamento da nave espacial Dragon
Algumas horas após lançamento, a nave robótica Dragon apresentou problemas de propulsão que a impediram de seguir viagem rumo à Estação Espacial Internacional. De acordo com os engenheiros, o problema foi corrigido e o acoplamento com a ISS será feito neste domingo.
A nave Dragon, pertencente à empresa privada SpaceX foi lançada na tarde de sexta-feira, às 12h10 BRT (Horário de Brasília), no topo de um foguete do tipo Falcon 9. O problema ocorreu alguns instantes após a separação entre a cápsula e o foguete, quando três dos quatro foguetes usados para levar a nave até a Estação Espacial Internacional, ISS, não foram acionados.
De acordo com engenheiros da SpaceX, a falha ocorreu em uma linha de pressurização que ajuda a manter a pressão nos tanques de combustível. Segundo os especialistas, essa linha foi bloqueada por uma falha no sistema elétrico que ocorreu antes dos painéis solares se abrirem.
Em entrevista coletiva, o presidente da empresa SpaceX, Elon Musk, afirmou que três horas após a detecção do problema a falha já havia sido sanada, com os painéis solares já abertos e captando a energia necessária para acionamento dos propulsores. A correção foi confirmada pela NASA, que fornece o suporte técnico e financeiro para a missão.
Segundo funcionários da NASA, três propulsores precisam estar em condições de funcionamento antes da Dragon atracar com a ISS. Dois deles serão usados para manter a cápsula orbitando a ISS, mas são necessários três propulsores para que o acoplamento seja feito.
Com o restabelecimento dos três propulsores, a NASA acredita que o acoplamento possa ser realizado no domingo, 3 de março, mas ainda não informou o horário.
Este é o segundo dos doze voos da cápsula Dragon com destino à ISS. A nave está carregada com 600 quilos de experimentos científicos e suprimentos para os astronautas.
Toda a missão de acoplamento da nave Dragon está sendo transmitida ao vivo pela NASA-TV e pode ser acompanhada nesta página ou então através do nosso canal Apolochannel, onde um site está disponível para os participantes conversarem sobre a missão.
Aumentam as chances de colisão do cometa C/2013 A1 contra Marte
Novas observações do deslocamento do cometa C/2013 A1 mostram que a aproximação do objeto da superfície marciana será muito mais próxima da que foi calculada anteriormente e as chances de impacto contra o Planeta Vermelho já não podem mais ser descartadas.
A possibilidade de uma aproximação maior entre os dois objetos já havia sido levantada pelo Apolo11 ao analisar as efemérides divulgadas pelo Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, o JPL. Em 7 de fevereiro, a distância nominal de aproximação mostrada no aplicativo era de 879 mil km, enquanto a aproximação mínima prevista era de 0 (zero) km.
Os novos números foram divulgados pelo astrônomo amador Leonid Elenin, ligado ao Instituto de Matemática Aplicada da academia de ciências da Rússia, com base em uma série de observações feitas por imagens registradas por um dos telescópios robóticos da rede ISON, localizado no Novo México, EUA.
Elenin afirmou que mais observações precisarão ser feitas até que a elipse da orbita do cometa seja perfeitamente conhecida, mas segundo o astrônomo o cenário de uma colisão é cada vez mais provável, embora permaneça baixo.
O Cometa C/2013 A1
Quando foi descoberto, C/2013 A1 se encontrava a 7.2 AU do Sol ou cerca de 1.1 bilhão de quilômetros de distância da estrela.
Após ter sua órbita calculada, logo se verificou que o caminho do cometa cruzava a orbita de Marte a uma distância muito próxima do planeta, estimada entre 700 mil e 1.9 milhões de km da superfície. Essa grande aproximação provocou grande euforia nos astrônomos amadores e profissionais, mas um pequeno detalhe chamou a atenção do público em geral: a simulação da NASA.
Consequências
É muito difícil avaliar as consequências de uma colisão direta entre o cometa C/2013 A1 e o Planeta Vermelho. Estima-se que o C/2013 A1 tenha entre 10 e 50 km de diâmetro e se move em relação a Marte a uma velocidade de 200 mil km/h. Assim, a energia cinética estimada pode ser comparada a 20 bilhões de megatons de TNT.
Um choque dessa magnitude seria capaz de produzir uma cratera de 520 km de largura por 2 km de profundidade, além de produzir alterações significativas na atmosfera marciana. A pluma de partículas levantadas também poderia encobrir o Sol por um longo período de tempo, diminuindo a temperatura do planeta.
Mesmo que a colisão não aconteça, uma passagem tão próxima também deverá provocar alterações, já que o planeta poderá ser envolvido pela gigantesca coma cometária, estimada em mais de 100 mil quilômetros de diâmetro.
Uma sonda da Nasa, batizada de MAVEN, está programada para ser lançada em março de 2013 e entrar na órbita marciana em setembro de 2014. Os dados da sonda ajudarão a monitorar a trajetória do cometa. Aguardemos.